Arno Augustin é um péssimo economista

Vejo hoje uma matéria do jornal gaúcho Sul 21, que cobre o congresso da tendência interna do PT Democracia Socialista (de viés trotskista). A matéria relata que o economista marxista e ex-secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou a política econômica de Joaquim Levy, que propõe um corte de R$ 69,9 bilhões dos gastos do governo, como “baseada num diagnóstico equivocado sobre a situação fiscal do país”.

Augustin ainda afirma que não há crise econômica no país: “Nós chegamos ao final de 2014 com uma taxa de desemprego de 4,8% e uma taxa de investimentos de 19,7%. A relação dívida/PIB, que era de 62,9% no final dos governos do PSDB, caiu para 36,7% no final de 2014. Se olharmos para a situação da economia do país no final do ano passado, fica difícil falar em crise fiscal, como o próprio governo vem falando agora”.

A parte da dívida é verdade. Mas o que Augustin esconde é que durante a sua gestão como secretário do tesouro nacional, o governo criou um outro tipo de dívida (ou de imposto, se preferir): (mais…)

Leia Mais

Compreendendo o tamanho do rombo da Petrobrás

Você já deve ter ouvido que, segundo estimativas da própria Petrobrás, o prejuízo da empresa com corrupção é algo em torno de R$ 88 bilhões. Todos os dias ouvimos falar em bilhões e bilhões quando no noticiário político e econômico, mas raramente temos ideia do quanto isto representa. Pois bem, resolvi fazer alguns cálculos simples para demonstrar o tamanho do rombo.

Imagine que você ganha R$ 1 por segundo, sabe quanto tempo você levaria para ganhar R$ 88 bilhões?

(mais…)

Leia Mais

A greve dos caminhoneiros e a falência do sindicalismo monopolista

Hoje pela manhã ouvi no rádio uma entrevista de um dos líderes dos caminhoneiros, Ivar Schmidt, falando sobre a tentativa do governo de desmobilizar os caminhoneiros, cuja paralização já causa desabastecimento em diversos setores da economia.  Ontem à noite, durante reunião com os representantes do movimento e com os sindicatos, o governo federal avisou à imprensa que havia um consenso e que a paralização iria terminar. O que era, de fato, uma grande mentira.

No entanto, não foi isso que mais chamou minha atenção. O que realmente me fez pensar foi quando Ivar disse que o movimento foi todo organizado pela Internet, e que nenhum sindicato representa os caminhoneiros paralizados. Ele foi mais longe, e classificou os sindicalistas como “traidores dos caminhoneiros”, e disse que o sindicato não representa a categoria.

De fato, a boa parte dos sindicatos brasileiros está completamente desconectada dos anseios dos trabalhadores que eles deveriam representar. Os sindicatos, assim como os governos, não são instituições imaculadas, formadas por pessoas bondosas e preocupadas com os anseios de quem eles representam. Os sindicatos são formados por indivíduos normais. E como pessoas normais, eles sempre vão defender o seu interesse à frente do interesse dos outros.

(mais…)

Leia Mais