A greve dos caminhoneiros e a falência do sindicalismo monopolista

Hoje pela manhã ouvi no rádio uma entrevista de um dos líderes dos caminhoneiros, Ivar Schmidt, falando sobre a tentativa do governo de desmobilizar os caminhoneiros, cuja paralização já causa desabastecimento em diversos setores da economia.  Ontem à noite, durante reunião com os representantes do movimento e com os sindicatos, o governo federal avisou à imprensa que havia um consenso e que a paralização iria terminar. O que era, de fato, uma grande mentira.

No entanto, não foi isso que mais chamou minha atenção. O que realmente me fez pensar foi quando Ivar disse que o movimento foi todo organizado pela Internet, e que nenhum sindicato representa os caminhoneiros paralizados. Ele foi mais longe, e classificou os sindicalistas como “traidores dos caminhoneiros”, e disse que o sindicato não representa a categoria.

De fato, a boa parte dos sindicatos brasileiros está completamente desconectada dos anseios dos trabalhadores que eles deveriam representar. Os sindicatos, assim como os governos, não são instituições imaculadas, formadas por pessoas bondosas e preocupadas com os anseios de quem eles representam. Os sindicatos são formados por indivíduos normais. E como pessoas normais, eles sempre vão defender o seu interesse à frente do interesse dos outros.

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